Nesse dia também quero dividir mais uma historia minha com vocês.
Quando criei esse blog em 2011,a nutrição era apenas uma paixão,um sonho que eu trazia escondido dentro de mim,mas era um sonho tão distante e impossível que eu procurava nem me iludir com ele.
Meu coração doía ao ler reportagens sobre o assunto,sempre que postava algo no blog,e etc.
Além da dificuldade de entrar no curso,tinha receio por ser gordinha. Geralmente as nutricionistas são esbeltas e elegantes,e eu sempre estive acima do peso. Porém quem me conhece,sabe que sou uma pessoa que sempre luta com a balança,e mesmo sendo gordinha,eu poderia estar muito pior,visto que a obesidade é hereditária em minha família,minha mãe inclusive precisou se submeter a cirurgia bariátrica,pois chegou aos inacreditáveis 180 kg!!!
Vou revelar alguns segredos aqui....Nunca falei meu peso publicamente,mas hoje vou abrir uma exceção rsrs
Me casei aos quase 17 anos já pesando 79 kg,o que para minha altura não é um peso tão ruim assim. Engravidei logo no primeiro ano de casamento,mas perdi o bebê aos 4 meses. Quando eu tinha 20 anos eu fiz um tratamento hormonal pois sonhava engravidar novamente e por conta disso cheguei aos 120 kg,fiquei muito gorda,inchada,meu rosto era redondo,minha barriga enorme,e o quadril então(que é meu maior pesadelo)ficou maior ainda. Fiquei mal,doente,e não engravidava de jeito nenhum. Até que resolvi fazer um regime e em 7 meses eu estava novamente com o peso que me casei,foi quando descobri que já estava grávida de quase 3 meses,e claro ganhei peso na gravidez,porém nunca mais voltei a ter 120 kg. Depois da gravidez,não consegui mais voltar ao peso que tinha quando me casei,mas consegui emagrecer alguns quilos. Ainda tive uma outra gravidez entre 2010 e 2011,mas minha filha faleceu ao nascer pois era anencéfala,também engordei nessa gravidez,mas continuei distante dos 120kg,graças a Deus. Depois dessa gravidez vivo de dieta,e desde então emagreci uns 15 kg,mas as vezes o ponteiro da balança oscila,engordo uns 5 kg e imediatamente emagreço,ou seja venho mantendo esse peso há algum tempo. Mas tenho uma meta,de pesar menos ainda do que quando me casei,com uns 70kg ou 75 kg eu já me daria por muito satisfeita,afinal sou alta e minha estrutura é grande,menos do que isso,creio que não vai ficar legal. Devo confessar:Não alcancei meu objetivo ainda,mas só de estar me mantendo no peso que estou há alguns anos,tenho orgulho de mim.
Eu decidi correr atrás dos meus sonhos,não olhando para as circunstâncias,ainda tenho muitos objetivos pela frente,mas sei que Deus vai me ajudar a realizar um a um.
Lute pelo que você sonha,acredite em Deus e todos os seus sonhos se realizarão.
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Sonhos....
Nesse dia também quero dividir mais uma historia minha com vocês.
Quando criei esse blog em 2011,a nutrição era apenas uma paixão,um sonho que eu trazia escondido dentro de mim,mas era um sonho tão distante e impossível que eu procurava nem me iludir com ele.
Meu coração doía ao ler reportagens sobre o assunto,sempre que postava algo no blog,e etc.
Além da dificuldade de entrar no curso,tinha receio por ser gordinha. Geralmente as nutricionistas são esbeltas e elegantes,e eu sempre estive acima do peso. Porém quem me conhece,sabe que sou uma pessoa que sempre luta com a balança,e mesmo sendo gordinha,eu poderia estar muito pior,visto que a obesidade é hereditária em minha família,minha mãe inclusive precisou se submeter a cirurgia bariátrica,pois chegou aos inacreditáveis 180 kg!!!
Vou revelar alguns segredos aqui....Nunca falei meu peso publicamente,mas hoje vou abrir uma exceção rsrs
Me casei aos quase 17 anos já pesando 79 kg,o que para minha altura não é um peso tão ruim assim. Engravidei logo no primeiro ano de casamento,mas perdi o bebê aos 4 meses. Quando eu tinha 20 anos eu fiz um tratamento hormonal pois sonhava engravidar novamente e por conta disso cheguei aos 120 kg,fiquei muito gorda,inchada,meu rosto era redondo,minha barriga enorme,e o quadril então(que é meu maior pesadelo)ficou maior ainda. Fiquei mal,doente,e não engravidava de jeito nenhum. Até que resolvi fazer um regime e em 7 meses eu estava novamente com o peso que me casei,foi quando descobri que já estava grávida de quase 3 meses,e claro ganhei peso na gravidez,porém nunca mais voltei a ter 120 kg. Depois da gravidez,não consegui mais voltar ao peso que tinha quando me casei,mas consegui emagrecer alguns quilos. Ainda tive uma outra gravidez entre 2010 e 2011,mas minha filha faleceu ao nascer pois era anencéfala,também engordei nessa gravidez,mas continuei distante dos 120kg,graças a Deus. Depois dessa gravidez vivo de dieta,e desde então emagreci uns 15 kg,mas as vezes o ponteiro da balança oscila,engordo uns 5 kg e imediatamente emagreço,ou seja venho mantendo esse peso há algum tempo. Mas tenho uma meta,de pesar menos ainda do que quando me casei,com uns 70kg ou 75 kg eu já me daria por muito satisfeita,afinal sou alta e minha estrutura é grande,menos do que isso,creio que não vai ficar legal. Devo confessar:Não alcancei meu objetivo ainda,mas só de estar me mantendo no peso que estou há alguns anos,tenho orgulho de mim.
Eu decidi correr atrás dos meus sonhos,não olhando para as circunstâncias,ainda tenho muitos objetivos pela frente,mas sei que Deus vai me ajudar a realizar um a um.
Lute pelo que você sonha,acredite em Deus e todos os seus sonhos se realizarão.
Azeite e óleo de linhaça:Uma dupla imbatível
No universo da nutrição, algumas parcerias são conhecidas por sua sinergia. É o caso do azeite de oliva e do óleo de linhaça, como comprova um novo estudo do Laboratório de Sinalização Celular da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, no interior paulista. Segundo o trabalho, pequenas doses desses alimentos combinados reduzem o risco de obesidade e afastam o diabete do tipo 2.
Para comprovar a façanha, os pesquisadores, primeiro, ofereceram durante dois meses uma alimentação rica em gordura saturada — aquela encontrada em carnes gordas, sorvete, manteiga e em muitos outros produtos industrializados — a ratos e camundongos. "Esse modelo de dieta gerou uma inflamação no hipotálamo, região do cérebro que é responsável por controlar a necessidade de comer", conta Juliana Moraes, bióloga e autora do estudo. E o resultado de uma pane dessas é desastroso. Afinal, depois de uma bela pratada, o sinal de saciedade não é percebido e, assim, a comilança segue desenfreada. Nas cobaias, além de catapultar a obesidade, a situação abriu caminho para que o diabete se instalasse.
Diante disso, os cientistas se perguntaram: será que as gorduras insaturadas, como o ômega-3 do óleo de linhaça e o ômega-9 do azeite de oliva, seriam capazes de combater a famigerada inflamação e reverter o caos? Para chegar à resposta, Juliana e o nutricionista Dennys Cintra, seu parceiro no trabalho, estimularam os animais a consumir diferentes porções de ambos os óleos por outros dois meses.
Para preservar as gorduras boas do duo oleoso, evite usá-lo em frituras
"Estipulamos que 35% da alimentação total seria formada por gorduras. Então, dividimos os animais em três grupos e demos a cada um diferentes doses dos ômegas", descreve Juliana. No final, notou-se uma melhora no estado inflamatório do hipotálamo, permitindo que os roedores percebessem a sensação de barriga cheia. Como consequência, eles passaram a comer menos e, viva!, não acumularam quilos extras. Para a história ficar ainda mais apetitosa, houve diminuição nas taxas de açúcar correndo pelo sangue, provavelmente por um aumento da sensibilidade à insulina, o que favoreceu o controle do diabete.
E, para quem acha que é preciso se empanturrar de azeite e óleo de linhaça para obter os benefícios, um aviso: os melhores efeitos foram registrados na turma que ganhou pequenas porções, facilmente conquistadas no prato — uma única colher de sopa de cada óleo estaria de bom tamanho. A colherada, no entanto, escoou pela culatra no grupo que recebeu uma suplementação bem mais do que caprichada. "Apesar de benéficas, essas gorduras são bastante calóricas. Portanto, devem ser consumidas com moderação", informa Louise Saliba, professora de nutrição da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).
Ainda cabe ressaltar que a farinha da linhaça disponibiliza teores generosos de ômega-3 e, por isso, pode ser uma opção ao óleo da semente. "O correto é comprar os grãos e triturá-los em casa para garantir o total aproveitamento das gorduras do bem, que podem se perder durante o processo de industrialização do farelo", informa a nutricionista Camila Janielle, do Hotel-Escola
Senac, em Campos do Jordão, no interior de São Paulo. Se não conseguir consumir todo o conteúdo de uma só vez, outro macete para preservar suas propriedades: "Armazene-o em um recipiente fechado dentro da geladeira", ensina Roberta Thys, professora da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Coração blindado
Ninguém precisa esquentar a cabeça caso não seja possível usar os dois óleos juntinhos, no mesmo dia — o que até seria o ideal, mas... Individualmente, o duo também bate um bolão. Segundo um estudo recente do grupo EurOlive, formado por instituições de cinco países europeus, os polifenois do azeite de oliva ajudam a frear a oxidação do colesterol LDL, considerado perigoso. Quando isso ocorre, reduz-se o risco de placas de gordura na parede dos vasos, a temida aterosclerose — doença por trás de encrencas como o infarto. A conclusão veio à tona depois de os cientistas estimularem 200 homens a consumir o óleo dourado com diferentes concentrações de polifenois ao longo de três semanas.
É verdade que a dieta mediterrânea, da qual o azeite é um dos principais componentes, há tempos é reconhecida por sua incrível capacidade de proteger o coração. Só que o seu papel específico nessa empreitada não era consenso até agora. "Daí a importância dessa pesquisa. Trata-se de um bom pontapé inicial para esclarecer, de vez, as vantagens de incluir o azeite na dieta", avalia Heno Lopes, cardiologista do Instituto do Coração de São Paulo, o Incor.
Segundo Louise Saliba, o óleo da azeitona ainda guarda outros trunfos. "Ele estimula a dilatação dos vasos sanguíneos e, assim, reduz a pressão arterial. Também resguarda o DNA contra danos oxidativos, evitando tumores", conta. A dica para usufruir de tanta benesse é regar saladas, arroz, vegetais cozidos, pães e torradas com 2 a 4 colheres de sopa do alimento por dia. "O ideal é usá-lo frio, já que o calor degrada, parcial ou totalmente, os compostos antioxidantes", avisa a nutricionista da PUC do Paraná.
O médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, Durval Ribas Filho, endossa a utilização do azeite para banhar o organismo de saúde, mas alerta: "Estamos ingerindo mais ômega-6 e ômega-9 e pouco ômega-3. E a desproporção pode trazer prejuízos". Ele lembra que uma investigação japonesa já mostrou um aumento no risco de câncer gástrico por causa do desequilíbrio. Para não cair na cilada, é só investir vez ou outra em peixes de água fria, como salmão e atum, e, é claro, na linhaça.
Consumida desde o antigo Egito, hoje a semente do linho é analisada a fundo em laboratórios no mundo inteiro. E não só em forma de óleo, como naquele estudo da Unicamp. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro, a estrela da vez é a farinha, usada no projeto de mestrado que a nutricionista Wânia Monteiro defenderá agora em março. A pesquisadora recrutou mulheres com grau de obesidade 2 com a finalidade de observar qual tipo de farinha — marrom, marrom desengordurada ou dourada — seria mais vantajoso. Para isso, as voluntárias
receberam orientação nutricional e foram divididas em quatro grupos. Desse total, três ganharam 30 gramas de uma das versões, o correspondente a 4 colheres de sopa, para ingerir pela manhã. "A intenção era proporcionar saciedade para reduzir o tamanho dos pratos ao longo do dia", esclarece Wânia.
A balança deixou claro que, em dois meses, todo mundo emagreceu. Porém, na turma que abocanhou o farelo marrom os resultados foram mais expressivos: além de enxugarem cerca de 4 quilos, as voluntárias viram as taxas de massa gorda, circunferência da cintura, pressão arterial sistólica, colesterol total e triglicerídeos despencarem. A maior quantidade de fibras na linhaça escura é, ao que tudo indica, a responsável por tantas proezas. "Esse nutriente também é importante para acelerar o trânsito intestinal", lembra Claudia Cozer, endocrinologista e diretora da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.
Mas aqueles que preferem a linhaça dourada não precisam deixá-la no limbo. Afinal, ela também possui propriedades nutricionais e terapêuticas muito interessantes. Quando o quesito é a presença do famoso ômega-3, por exemplo, é ela quem sai ganhando. O mesmo ocorre em relação às lignanas. "Essas substâncias são muito semelhantes ao estrogênio, tanto por causa da estrutura química como pela função. Dessa forma, podem ser úteis para minimizar os sintomas da menopausa, período em que os níveis desse hormônio feminino sofrem uma queda natural", explica Roberta Thys, da UFRGS. Como se vê, tem benefícios para todos os gostos — e necessidades.
Tipos de azeite:
Extravirgem
É obtido na primeira prensa das azeitonas, sem uso de calor nem produtos químicos. Portanto, abriga a maior parte dos compostos benéficos. Sem contar que é a versão menos ácida.
Virgem
Ele é produzido por meio da segunda prensa ou centrifugação. Depois, vem o processo de refinamento. Pelo caminho, perde parte das substâncias tão desejadas.
Com óleo de soja
A mistura resulta em um produto bem atraente para o bolso, mas nada interessante para a saúde. Afinal, é pobre nos compostos ativos que fazem a fama do azeite extravirgem.
Aprenda a preservar o azeite e a usá-lo em uma receita fácil, fácil:
- Escolha o produto armazenado em lata ou vidro escuro, que evitam perdas nutricionais;
- Guarde-o longe da luz e também do calor;
- Depois de abri-lo, não leve muito tempo para consumir.
A linhaça em três versões:
Semente
A casca é durinha, então mastigue bem para chegar aos famosos compostos. Antes, asse a semente em fogo baixo por cerca de dez minutos para eliminar fatores antinutricionais, que prejudicam a absorção de outros nutrientes.
Farinha
Pode entrar no lugar da farinha de trigo em diversas receitas, além de ser misturada a leite, iogurtes e saladas. Por ser livre de glúten, é uma boa opção para celíacos.
Óleo
É bom substituto do azeite, só que o gosto é mais amargo. Não deve ir ao fogo, porque as gorduras benéficas são facilmente oxidadas. Quem está atrás das fibras da linhaça deve investir na semente ou na farinha.
Lichia pra chapar a barriga
Se o critério para fazer parte da sua dieta, ainda mais no verão, é não pesar na balança, saiba que essa fruta de origem chinesa é uma das menos calóricas, ainda mais se comparada com outras delícias que aportam nos supermercados nesta época de festas de final de ano.
"A licha tem apenas 6 calorias, o que representa, mais ou menos, 0,3% do que um adulto pode comer ao longo de um dia", estima a nutricionista Raquel Magalhães, do Hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro. Ou seja, se devorar dez unidades suculentas, só irá gerar energia o suficiente para tostar em uma atividade bem simples, como fazer a cama ou arrumar a mala para um final de semana na praia. Algo assim.
Mas a leveza do fruto não é o único argumento a seu favor na discussão de estratégias antiobesidade. Veja que curioso: um estudo da Universidade de Hokkaido, no Japão, analisou a perda de gordura abdominal em voluntários que receberam extrato de lichia. "Ao fi nal de dez semanas, eles derreteram 15% a mais de gordura na região da barriga do que os participantes tratados com placebo", explica por e-mail, com exclusividade a SAÚDE!, o médico Jun Nishihira, que conduziu a pesquisa. Ele até revelou sua suspeita: o efeito se deve à cianidina.
A cianidina é um pigmento que tinge a casca de vermelho e, apesar da brancura da polpa, também se faz presente nela, ainda que em quantidades bem menores — mas incrivelmente eficientes na ação sobre as gorduras. "Vale lembrar que não existem alimentos milagrosos para o emagrecimento", alerta Mirian Martinez, nutricionista do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo, ao ouvir a notícia. "A lichia pode, sim, dar uma força se associada a uma dieta equilibrada e à prática de atividade física para cumprir essa função." Não adianta se esbaldar com ela e, em seguida, comer um panetone inteiro, por exemplo. Por falar em se esbaldar, Nishihira não determinou ainda a quantidade ideal de frutinhas a ser consumida para perder centímetros na cintura. Então coma à vontade, sem dispensar acompanhamentos saudáveis.
Outro encanto da lichia é ser uma fonte de vitamina C: com apenas seis frutas, você já alcança a recomendação de ingestão diária do nutriente de um jeito doce, doce... "A vitamina estimula o sistema imunológico, aumenta a resistência às infecções, auxilia a cicatrização de feridas, aumenta a absorção do ferro pelo intestino e evita o envelhecimento precoce", enumera Carla Christimann, nutricionista do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre.
Só que, justamente por ser rica em vitamina C, a frutinha exige alguns cuidados. Quando submetida ao calor ou em contato com a luz, a substância se perde. Por isso, deve ser armazenada em locais frescos e escuros e, de preferência, ser consumida in natura.
Já o mineral que aparece em maior abundância no fruto chinês é o potássio. "Ele atua no equilíbrio da água do organismo, ajuda no armazenamento de proteínas musculares, na função renal, na contração do músculo cardíaco e no relaxamento muscular em geral", diz Solange Saavedra, gerente técnica do Conselho Regional de Nutrição de São Paulo e Mato Grosso do Sul. O potássio também é conhecido por seu poder anticâimbras e, por isso, pode ser consumido em boas doses por quem pratica atividade física.
Dieta do prato idealDieta do prato ideal
Coloque porções hipernutritivas, variadas e pouco calóricas na sua mesa
O que engorda mais?O que engorda mais?
Sucos naturais e bebidas podem sabotar sua dieta
Azeite antibarrigaAzeite antibarriga
Um novíssimo estudo prova que o óleo de oliva não deixa a gordura se acumular na linha da cintura.
O QUE A LICHIA TEM
Em uma porção de 100 g (aproximadamente dez unidades sem casca)
Valor energético...........66 cal
Carboidratos..............16,53 g
Proteínas......................0,83 g
Gorduras......................0,44 g
Fibras..............................1,3 g
Cálcio..............................5 mg
Fósforo..........................31 mg
Ferro..........................0,31 mg
Potássio.....................171 mg
Vitamina C................71,5 mg
Tiamina.....................0,01 mg
Ribofl avina..............0,065 mg
Niacina........................0,6 mg
Fonte: Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)
NOVIDADE? SÓ PARA NÓS…
Para os brasileiros, a lichia é uma mania de consumo mais recente, que só nas últimas décadas começou a aparecer à mesa — e olhe lá, que ainda é difícil encontrá-la em algumas regiões. Mas os chineses tiram proveito da frutinha há tempos. Seu cultivo é conhecido desde 1500 a.C. e cresce ano a ano, principalmente no sudeste daquele país. No Brasil, a primeiríssima lichieira foi plantada no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em 1810, e serviu para alegrar o olhar dos visitantes porque os frutos só passaram a ser comercializados 160 anos depois. Hoje, a lichia é cultivada principalmente no estado de São Paulo, responsável por 90% da produção nacional.
PODER ANTIOXIDANTE
A cianidina, que assegura a ação antiobesidade da lichia, e outras substâncias classificadas como antocianinas — todas pigmentos — são antioxidantes que combatem o envelhecimento precoce e diversas doenças. Funciona assim: dentro do corpo, essas substâncias doam elétrons aos radicais livres, estabilizando-os e impedindo que provoquem alterações celulares. "Ao captar os radicais livres, as antocianinas colaboram para prevenir problemas cardíacos e câncer", afirma Eliana Vellozo, nutricionista da Universidade Federal de São Paulo.
RANKING DO POTÁSSIO
O mineral pode ser encontrado em hortaliças, frutas, carnes, leite e cereais. Em dez lichias, há 171 mg de potássio, a mesma quantidade encontrada em metade de uma banana-prata ou em seis pêssegos. Veja abaixo:
10 lichias (66 cal) =
6 pêssegos (216 cal)
ou
5,5 maças (308 cal)
ou
¼ abacate (30 cal)
ou
½ banana-prata (50 cal)
MANJAR DE LICHIA
Ingredientes:
MANJAR
• 1 folha de gelatina em pedaços
• 2 copos (400 ml) de polpa de lichia
• ½ lata de leite condensado
• 2 colheres de sopa de amido de milho
CALDA
• 1 copo (200 ml) de polpa de lichia
• 2 colheres de sopa de açúcar
• Lichias inteiras à vontade
• Corante vermelho
Modo de fazer:
Corte a folha de gelatina em pequenos pedaços e dissolva-a em água por cerca de 10 minutos. Em seguida, bata todos os ingredientes no liquidificador por 1 minuto. Coloque a mistura em uma panela e leve ao fogo alto por cerca de 4 minutos. Depois, baixe o fogo e mantenha o preparo, cozinhando por mais 6 minutos, mexendo sempre. O ponto deve ser semelhante ao de um mingau grosso. Tire do fogo e leve à geladeira em fôrma única ou em taças individuais. Para fazer a calda, misture os ingredientes e cozinhe por 3 minutos, até ficar em ponto de fio. Leve à geladeira e coloque sobre o manjar para servir. Decore com lichias inteiras ou cortadas em pequenos pedaços.
Rendimento: 5 porções
Óleo de coco emagrece mesmo???
Se tem um óleo que pode ser considerado o queridinho do momento, é o de coco extravirgem. Extraído do fruto maduro, ele virou febre principalmente entre aqueles que desejam se livrar de vez das dobras que teimam em se espalhar por diversas partes do corpo.
Para pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ, todo esse auê é compreensível. Eles prescreveram uma dieta de manutenção de peso a 30 homens com um grau de obesidade leve. Enquanto metade consumiu 1 colher de sopa cheia de óleo de coco todo santo dia, a outra teve de engolir óleo de soja, na mesma porção.
Em 45 dias, o resultado agradou: apesar de o óleo proveniente da fruta ser cheio de gordura saturada e calorias, ele ajudou a reduzir o índice de massa corporal, o volume de gordura e a circunferência na cintura de quem o incorporou à dieta. Além disso, contribuiu para o aumento de massa magra, ou seja, músculo puro. "Há o caso de um paciente que perdeu cerca de 7 quilos", revela a nutricionista Christine Erika Vogel, uma das responsáveis pela investigação.
De acordo com a especialista, o óleo auxiliaria no emagrecimento porque carrega um tipo de gordura conhecido como triglicerídeo de cadeia média, com destaque para o ácido láurico. E esse tal de ácido láurico gera energia na célula de forma acelerada. "As outras versões precisam de uma enzima para realizar esse processo, acumulando-se mais facilmente na forma de gordura corporal", explica. Na prática, o óleo de coco turbinaria o gasto energético, favorecendo, assim, a degola dos pneus.
As qualidades desse derivado do coco não se resumem à sua capacidade de botar lenha no metabolismo. "Assim como outros óleos e gorduras, o produto derivado da fruta retarda o tempo de esvaziamento gástrico, proporcionando maior sensação de saciedade", diz a nutricionista Andréia Naves, que é diretora da VP Consultoria Nutricional, em São Paulo.
Dessa forma, a quantidade de comida que vai ao prato ao longo do dia tende a ser menor - seria o fim dos ataques desenfreados de gula sem tanto sacrifício. "Aliado a uma alimentação equilibrada e à prática regular de atividade física, esse efeito auxiliaria no emagrecimento", avalia Andréia.
Para Ana Carolina Gagliardi, nutricionista do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo, o Incor, não há dúvidas sobre o poder das gorduras em deixar a barriga empanturrada. "Ainda assim, o papel do óleo de coco no processo de perda de peso é muito controverso", pondera. "É que as pessoas que o consumiram durante os estudos também seguiram uma dieta com restrição de calorias. Por si só, isso já torna o emagrecimento presumível."
"Realmente, não adianta ingerir o óleo de coco e exagerar nos salgados, nas frituras e nos doces. Não há milagres. Para emagrecer, é preciso mudar o estilo de vida", concorda Christine, pesquisadora da UFRJ. Só para constar, cada grama de óleo de coco reúne 9 calorias. Portanto, incorporá-lo à dieta sem providenciar mudanças no restante do cardápio não fará com que o ponteiro da balança tombe.
"A recomendação é que 25 a 30% de nossa alimentação seja composta de gorduras, sendo que no máximo 7% devem vir das saturadas, como as presentes no óleo de coco. Então, quem usar o ingrediente precisa investir em alterações na rotina, como preferir carne magra e tomar leite desnatado", avisa a nutricionista Ana Carolina.
Extravirgem ou refinado?
Se bater a dúvida, opte pelo primeiro sem pestanejar. "A versão extravirgem é obtida da carne do coco maduro, que pode ser fresco ou seco", conta Bruna Murta, nutricionista da rede Mundo Verde, em São Paulo. "Nesse processo, não são empregados solventes químicos nem altas temperaturas. "Por outro lado, o produto refinado, ou virgem, apresenta perda de uma parte dos antioxidantes. "Por isso, seus benefícios são comprometidos", conclui Bruna.
Polêmica à vista
Além do aspecto da saciedade, os outros benefícios relacionados ao óleo de coco não são vistos com tanta empolgação por uma boa parte de especialistas, já que o fato de ser formado por gorduras saturadas do tipo triglicerídeo de cadeia média não é considerado exatamente uma grande vantagem.
"De fato, eles são processados com maior rapidez. Mas gerar energia não é o mesmo que dissipá-la como calor", informa Rosana Radominski, endocrinologista e presidente do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. "Ela pode ser usada para ajudar a acumular gordura no corpo, caso a ingestão calórica seja maior do que o gasto."
O também endocrinologista Alfredo Halpern, do Hospital das Clínicas de São Paulo e autor do livro A Nova Dieta dos Pontos para Crianças e Adolescentes, recém-lançado por SAÚDE, vai na mesma toada: "Talvez a gordura saturada de cadeia média possa fazer menos mal do que a de cadeia longa. Daí a dizer que emagrece é absurdo. Ela engorda tanto quanto as outras".
É bom frisar que rechear a mesa com alimentos gordurosos merece atenção redobrada não só porque dispara o risco de obesidade, epidemia que está por trás de uma série de doenças - de males cardiovasculares a câncer. A digestão vagarosa, por exemplo, pode ser um problema para certas pessoas. "Uma dieta rica em gordura é capaz de piorar os sintomas de quem já sofre com um processo digestivo mais lento ou tem histórico de refluxo", conta o gastroenterologista Ricardo Barbuti, que integra a Federação Brasileira de Gastroenterologia.
Outro grupo que deve pensar duas vezes antes de regar sem pudor os pratos com óleo de coco é o de pacientes diagnosticados com esteatose hepática, quando o fígado entra num processo de engorda. "Devido à sua composição, o alimento pode aumentar a dimensão do problema", esclarece a nutricionista Andréia Naves.
Camuflado no prato
Não tem jeito: nem todo mundo é fã do sabor pronunciado da fruta. Se for desse time, anote a dica: "Antes de refogar os alimentos, deixe o óleo por mais tempo em fogo brando para que o aroma se dissipe", aconselha a nutricionista Christine Erika Vogel, da UFRJ. Caso queira temperar saladas, o óleo pode ser misturado ao azeite. Já em pratos com peixes e frutos do mar, seu sabor entra como um excelente complemento.
E o coração?
Além de notar a redução de peso dos voluntários, os cientistas da UFRJ encontraram evidências de que o óleo de coco extravirgem ajudou a elevar as taxas do HDL, o bom colesterol, e freou o desenvolvimento do LDL, um algoz do peito. "Alguns estudos já demonstraram que os triglicerídeos de cadeia média reduzem a produção de uma lipoproteína chamada VLDL, associada ao aumento do LDL", lembra a pesquisadora Christine.
Mas está aí outro tema que incita um acalorado debate. É que a gordura saturada, independentemente de ser de cadeia média ou longa, é reconhecida por aumentar os dois tipos de colesterol, especialmente aquele que ameaça a saúde. "Logo, o óleo de coco não é indicado nem para prevenir nem para tratar doenças cardiovasculares. Pior do que esse tipo de gordura, só a trans, já que estimula a produção de LDL e reduz o HDL", adverte Ana Carolina, do Incor.
Justamente por suscitar dados contraditórios, não é de surpreender que os especialistas concordem em um ponto: é preciso colocar o óleo de coco no centro de outros estudos antes de considerá-lo a última palavra no que diz respeito ao emagrecimento. "Outras variáveis devem ser investigadas e mais pesquisas são necessárias para corroborar a tese de que ele é mesmo um aliado da boa forma", diz Mariana Del Bosco, nutricionista da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.
Agora, quem quiser testar seus efeitos pró-emagrecimento antes que os pesquisadores batam o martelo deve se restringir a 2 colheres de sopa diárias. "Comece consumindo uma quantidade pequena para evitar desconfortos gastrointestinais como náuseas, cólicas e diarreia", indica Bruna Murta, nutricionista da rede Mundo Verde, na capital paulista.
As doses caem bem antes das principais refeições - para estimular logo a saciedade - ou adicionadas a saladas, pratos quentes, molhos, massas, sucos e shakes. Caso opte pelas cápsulas, saiba que são necessárias 12 delas para conquistar os possíveis efeitos de 1 colher de sopa do óleo de coco. Você decide.
Ômega-3 a gordura que emagrece
Aclamado por proteger as artérias e combater inflamações, o ômega-3, aquele da linhaça e dos peixes de água fria, mais uma vez surpreende os especialistas: ele daria uma ajuda e tanto na eliminação dos quilos extras.
O status de ácido graxo essencial não deixa dúvidas sobre o caráter indispensável dessa partícula gordurosa para o bom funcionamento do corpo. Mas o argumento irrefutável de que o ômega-3 seria aliado dos rechonchudos na reconciliação com a balança chegou para nos convencer de vez da importância de rechear o cardápio com fontes desse nutriente. Além de pescados como salmão e sardinha, a linhaça fornece doses generosas da substância. A ação contra a obesidade foi discutida no XV Congresso Latino-Americano de Nutrição, realizado há pouco no Chile.
No evento, um dos destaques foi a apresentação do nutricionista Dennys Cintra, da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. "Várias experiências apontam que a obesidade estaria relacionada a inflamações, e nós sabemos que o ômega-3 tem um bom potencial anti-inflamatório", conta a SAÚDE!. "Por isso, decidi checar se esse tipo de gordura auxiliaria no emagrecimento", justifica.
O nutricionista primeiro induziu um grupo de ratinhos a ganhar peso, até se tornarem diabéticos de tão balofos, graças a uma alimentação rica em gordura saturada, como a da picanha. Então, quando os bichos entravam nesse estado, Cintra examinava seu hipotálamo, região do cérebro que controla a fome. "As partículas de gordura saturada provocaram uma superprodução de citocinas, substâncias inflamatórias que impediam aquela área cerebral de disparar o sinal de saciedade", relata.
O mecanismo, idêntico em seres humanos, se desenrola assim: "Quando nos alimentamos, são secretados os hormônios leptina, pelos tecidos gordurosos, e insulina, pelo pâncreas. Eles avisam o cérebro que é hora de frear o ímpeto de continuar comendo", ensina a fisiologista Tatiana Rosa, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Acontece que a inflamação atrapalha essa troca de informações. Chega uma hora em que, sem conseguir trabalhar direito, as células nervosas incumbidas de brecar o apetite agonizam até a morte.
Na tentativa de interromper esse ciclo, Cintra inoculou, por meio de uma cânula, o ômega-3 no cérebro dos roedores, confirmando que o ácido graxo reverte o processo inflamatório e restabelece a atividade celular. Por fim, suplementou a dieta das cobaias com óleo de linhaça. "Uma dose baixa do ômega já reduz a inflamação cerebral, a velocidade de engorda e a gordura visceral nos animais. De quebra, ainda aumenta seu gasto energético", diz ele. "Regular a saciedade é fundamental para manter o peso, já que isso evita a fome excessiva e os abusos calóricos", opina a fisiologista da nutrição Regina Watanabe, da Universidade Federal de São Paulo.
Agora, a pergunta que não quer calar: será que, como os roedores dos laboratórios de pesquisa, a gente também desfrutaria dos benefícios antibarriga do ômega-3? Antes que pairasse a sombra da dúvida sobre suas proezas, uma equipe da Universidade de Navarra, na Espanha, resolveu comparar o impacto de duas dietas pouco energéticas, com menos de 1500 calorias diárias, na queima dos quilos extras e na saúde de 32 indivíduos.
Os participantes foram divididos em dois grupos e cada um deveria aderir, durante oito semanas, a planos alimentares distintos. A única diferença entre eles foi a inclusão de três porções semanais de peixes ricos no bendito ômega-3. O peso, os perfis de colesterol e de triglicérides, as taxas de insulina e de leptina foram mensurados no início e no final do experimento. E é claro que, maneirando nas calorias, todos os voluntários conseguiram dar uma esvaziada nos pneus. Mas — adivinhe! — a eficácia da dieta foi bem maior em quem saboreou os pescados. "Houve uma melhora significativa na ação da insulina nessas pessoas", revela a SAÚDE! Itziar Goñi, a autora do estudo. "Os níveis do hormônio ficaram mais estáveis, evitando picos seguidos de queda brusca, desequilíbrio que culminaria no aumento da fome."
Tantas façanhas têm justificativa. "O ômega-3 ativa uma proteína celular chamada PPAR-gama. Acelerada, ela melhora a atuação da insulina nas células, facilitando sua tarefa de converter açúcar em energia", descreve Tatiana Rosa. Converter antes de virar pneu na cintura, bem entendido. Ou seja, a molécula dá uma força para quem quer recuperar aquela calça que não entra mais. Não para por aí. "A PPAR-gama também estimula enzimas responsáveis pela degradação de triglicérides", acrescenta Tatiana. "De fato, o consumo dos peixes provocou redução não só nas taxas dessa gordura como nas de colesterol ruim, o LDL", confirma Itziar. Em outras palavras, o ômega-3 também combate esses algozes das artérias, prevenindo doenças cardiovasculares.
E, para completar a lista, outro ponto positivo para o ácido graxo: "Ele regula os níveis de leptina, favorecendo ainda mais o controle do apetite. Em resumo, embora economizar nas calorias ajude a emagrecer de qualquer maneira, o ômega-3 é essencial para regular a queima dos depósitos gordurosos e a fome, o que evita ataques à geladeira e potencializa a eliminação de medidas. O melhor de tudo é que garantir as doses adequadas do nutriente não é nenhum sacrifício. Basta variar entre as opções de peixe da lista à direita. "Incluí-los nas refeições de duas a três vezes por semana é o suficiente", ensina a nutricionista Elisabeth Wazlawik, da Universidade Federal de Santa Catarina. Já a farinha de linhaça é uma ótima alternativa para acompanhar um iogurte ou uma fruta no café da manhã.
É importante ressaltar que a forma de preparo desses alimentos faz toda a diferença. Isso porque o ômega-3 oxida facilmente, perdendo depressa suas propriedades. "Por isso, no caso dos peixes, prefira as receitas ensopadas, em que o caldo desprendido durante o cozimento é aproveitado", sugere Elisabeth. Vale também a opção grelhada, mas corte de vez as frituras, já que a alta temperatura degrada a gordura do bem. "Em relação à linhaça, a dica é moê-la só na hora de consumir", avisa a nutricionista. Por fim, substitua, sempre que possível, os tradicionais óleos de milho ou de soja pelo azeite de oliva. Além de a parceria com os filés de peixe ou com saladas salpicadas de linhaça ser deliciosa, ele dá uma contribuição extra para quem precisa afinar a cintura.
A fama e o sucesso do ômega-3 não se restringem a auxiliar no combate à barriga. Vira e mexe pipoca um novo estudo comprovando um benefício a mais dessa gordura para a saúde. Por exemplo, uma pesquisa, também desenvolvida na Universidade de Navarra com 324 pessoas obesas, revela que o consumo regular de salmão é capaz de reduzir a pressão arterial. "O ômega-3 parece relaxar as células musculares nas paredes das artérias", explica o nutrólogo Celso Cukier, do Instituto de Metabolismo e Nutrição, em São Paulo. Daí o sangue passa por ali com maior facilidade, evitando a compressão dos vasos.
Outras propriedades do ácido graxo já são conhecidas de longa data. Uma das mais importantes é seu potencial de minimizar a ação de substâncias inflamatórias não somente no hipotálamo como em várias regiões do corpo. "Por esse motivo, ele é benéfico para pacientes que sofrem de asma, problemas cardiovasculares e intestinais, como a colite", enumera Elisabeth Wazlawik.
Além disso, o ácido graxo favoreceria a regulação do sistema imunológico. "Acreditamos que ele tenha um papel na prevenção e no controle de doenças autoimunes, aquelas em que, devido a um descompasso, as células de defesa passam a atacar tecidos do próprio corpo", diz Cukier. É o caso da artrite reumatoide, cujos alvos são as articulações, e da psoríase, que agride a pele.
Ao que tudo indica, outras áreas do cérebro integram o rol dos protegidos pelo ômega-3. "Há dados que evidenciam a participação do óleo na produção de novos neurônios", afirma o neurologista Cícero Galli Coimbra. "Portanto, é bem-vindo nos casos de doenças neurodegenerativas, como o Parkinson e o Alzheimer" (veja a re por tagem na pág. 36). E Cukier acrescenta: "Ainda não sabemos o porquê, mas a gordura também ajudaria a espantar a depressão".
E, para finalizar essa lista extensa, não podemos deixar de citar que estudos recentes relacionam a ingestão do ômega à prevenção da osteoporose. A substância conseguiria inibir células associadas à perda de massa óssea. Estamos falando de mais de uma dezena de benefícios condensados em três simples porções semanais de filés de peixe — muito saborosos, diga-se — ou 4 colheres de sopa de linhaça por dia.
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